segunda-feira, 21 de março de 2011

Retrospectiva!

Por Tiago Conceição

Encontramo-nos agora em plena Regeneração, e o Notícias com História resolveu mostrar aos nossos caros leitores as varias fases politicas ao longo destas ultimas três décadas , começando pelo vintismo, que se instaura após a revolução liberal de 1820 e se estendeu até 1826, o Absolutismo de 1828 a 1834, após o final da guerra civil , entra o Cartismo. Com a revolução de Setembro, aparece o setembrismo, que se estendeu até 1842. Em 42 começa, com a ditadura de Costa Cabral, o Cabralismo, após alguns levantamentos populares como a Maria da Fonte e a Patuleia, o governo foi interrompido. Em 1849, Cabral regressou com um governo mais moderado mas mesmo assim acabou em 1851 com o golpe liderado pelo marechal Saldanha.

Agora vamos observar estes períodos mais pormenorizadamente.

O Vintismo entra com a revolução liberal como dito acima, na qual é exigida, para além de tudo, a aprovação de uma constituição, a constituição de 1822, que pelas suas ideias como a abolição dos privilégios da nobreza e do clero, instaurando a igualdade perante a lei por exemplo, o direito ao voto (censitário), a tripartição dos poderes , a liberdade religiosa, instalaram-se dois facções: a radical e a conservadora, como os nomes indicam os radicais defendiam os direitos dos cidadãos como a igualdade, liberdade. Enquanto os conservadores defendiam os ideias mais tradicionais como religião única, entre outras.

Enumerando agora as medidas importantes tomadas pelas Cortes nesta altura foram: a extinção da Inquisição e da censura prévia; a instituição da liberdade de imprensa e de ensino; a fundação do primeiro banco português, o Banco de Lisboa; transformaram-se os bens da coroa em bens nacionais; eliminaram-se as justiças privadas, assim como os privilégios de foro.

A acção do vintismo no entanto favoreceu a burguesia rural e decepcionou o resto da população. Contra este regime surgiram revoltas como a Vila Francada (1823) e a Abrilada (1824) lideradas por membros da família real, D. Miguel e a sua mãe D. Carlota Joaquina, apoiantes do absolutismo. Após a morte de D. João VI, D. Pedro outorga a carta constitucional, que pretendia juntar os interesses dos radicais ao dos conservadores, como este era imperador do Brasil, abdicou do cargo para a sua filha e fez o acordo com irmão (D. Miguel) deste casar com esta assim que ela atingisse a maioridade. D. Miguel desrespeita o acordo feito com irmão e ocupa o trono governando de forma absoluta, e combatendo os liberalistas. Após tomar conhecimento disto D.Pedro IV reúne tropas e inicia a Guerra civil da qual sai vitorioso. Após a vitória liberal, é instaurado o Cartismo( pois vigorou a carta constitucional nesta altura) em Portugal . Este período fez destacar pela acção de Mouzinho da Silveira (medidas a nível social, económico e da educação), Ferreira Borges (destacou-se pelo seu apoio ao liberalismo económico) e António Aguiar (também conhecido como " Mata frades" devido as suas leis contra o clero).

Destacamos Mouzinho da silveira que tomou medidas como a Abolição do morgadio e capelas com rendimentos inferiores a 200 mil reis; a extinção das sisas; fim dos privilégios da Companhia dos Vinhos do Alto Douro (igualdade entre companhias); adoptou uma nova divisão administrativa do país - províncias, comarcas, conselhos (de forma a reorganizar o país) e por fim a criação de círculos judiciais ( para o melhor funcionamento da justiça). No entanto na pratica esta acções na se mostraram eficazes.

A vitória definitiva do Liberalismo, em 1834, não significou a estabilidade por que o país ansiava. Após dois anos, a Revolução de Setembro viria alterar a cena política.

O movimento ocorreu em Lisboa ao contrário da outra revolução, esta teve um carácter civil ao qual depois se verificou uma adesão militar. A Revolução de Setembro reagiu aos excessos de miséria que surgiu devido à guerra civil e à actuação do governo cartista.

Inicia-se assim o Setembrismo. Este novo governo, onde se destacaram-se figuras como o conde Sá da Bandeira e Passos Manuel, mostrou-se mais democrático, empenhado em valorizar a soberania nacional e em reduzir a intervenção régia.

De 1836 até a declaração da constituição de 38 vigorou a Constituição de 22. Na constituição de 38 verificou-se: um maior relevo para os direitos individuais, a definição de soberania nacional, o bicamaralismo electivo por e temporário através de eleições directas, a consagração do voto censitário.

A orientação económica do setembrismo procurou corresponder aos propósitos de desenvolvimento nacional da pequena e média burguesia. No ensino verificaram-se reformas para formar as elites qualificadas.

Um certo fracasso caracteriza a política económica setembrista. Nos domínios fiscais e operário, não se atreveu a abolir taxas gravosas para os pequenos agricultores nem penalizou os grandes proprietários com impostos. Até ao nível industrial os resultados mostraram-se bem aquém do pretendido.

Com efeito o governo setembrista enfrentou constantes tentativas de restauração da carta constitucional. Em Fevereiro de 1842 num golpe de estado pacífico foi o próprio ministro Costa Cabral quem pôs termo à constituição de 1838.

A nova governação conhecida como cabralismo alicerçou-se nos princípios da Carta e fez regressar o poder da Grande burguesia.

Sob a bandeira da ordem pública e do desenvolvimento económico: Costa Cabral apostou no fomento industrial, nas obras pública, na reforma administrativa e fiscal, aplicou reformas na saúde, uma das suas leis mais polémicas foi a proibição do enterramento dentro das igrejas (1846). Tornou mais eficaz a a cobrança de receitas e contribuições: criou-se o tribunal de contas (1849)

O autoritarismo do regime levou a varios motins populares entre eles dois que puseram fim ao governo de costa Cabral a Maria da Fonte (esta surge devido às leis da saúde e as leis das estradas) e Patuleia.

Costa Cabral volta para outro governo em 49 mais moderado que o anterior mas é deposto com o golpe do marechal Saldanha.

Inicia-se a assim a época política em que vivemos, que o Noticias com História poderá vir a cobrir.

Fontes: Manual de 11º Ano - "O tempo da História" (2ªparte) da Porto Editora; apontamentos da aula e wikipedia, entre outros sites...

Finalmente a paz! Concessão de Évora-Monte, fim da violência!

por Guilherme Gomes

Depois de 6 anos de derramamento de sangue, finalmente ouve um cessar-fogo!

No dia 26 de Maio de 1834, os dois irmãos tiveram um confronto frente-a-frente mas sem armas de fogo e sem derramamento de sangue!

Falo, na concessão de Évora-Monte! O exército absolutista estava profundamente desmotivado, e ate alguns já tinham desertado para o lado liberal, D. Miguel viu-se então obrigado a render-se e a aceitar os termos liberais.

Com a assinatura do tratado, D. Miguel teve um acto nobre e de patriotismo, oferecendo as jóias da coroa e algumas ate pessoais para ajudar a cobrir as despesas causadas pela guerra.

Infelizmente o "libertador" sucumbe, vítima de tuberculose pouco tempo depois de ter visto a sua vitória!

Fontes: Manual de 11º Ano - "O tempo da História" (2ªparte) da Porto Editora; apontamentos da aula e wikipedia, entre outros sites...

Cerco do porto um ponto de viragem na guerra civil!

Por Guilherme Gomes

O conflito que teve lugar em Portugal entre 1828 e 1834, que opôs irmão contra irmão, primo contra primo, viu a Agosto de 1833

Um grande ponto de viragem no conflito, terminando o cerco de durou cerca de um ano, pondo a cidade em sofrimento e miséria!

Depois de terem desembarcado no Mindelo, as tropas liberais marcharam até a cidade do porto, encontrando-a abandonada pelas tropas Miguelistas.

Não sabia o "libertador" que o general Manuel Gregório de Sousa Pereira de Sampaio, comandante das tropas realistas que tinha preparado uma emboscada, e pouco tempo depois os bombardeamentos violentos á cidade do porto começaram!

Foi no dia 18 de Julho que se fizeram ouvir as primeiras bombas na cidade, e 5 dias depois um feroz confronto, conhecido como "a batalha de Penafiel" os liberais causaram, pesadas baixas nas filas absolutistas!

Consta-se que o exército Absolutista tinha mais de 80000 cabeças!

Porem no dia 1 de Junho de 1833, com o apoio Inglês que D. Pedro, com a ajuda de Carlos Napier obrigou as forças Miguelistas a recuar!

Esta história, é um veredicto de uma coragem, e força que poucos são capazes, fazendo assim lembrar estes homens internamente como os 7500 Bravos!

Fontes: Manual de 11º Ano - "O tempo da História" (2ªparte) da Porto Editora; apontamentos da aula e wikipedia, entre outros sites...

Casamento real e acordo de D.Pedro.

por Tiago Conceição

Faz agora uma semana que morreu el Rei D. João VI (10 de Março de 1826) que deixou o trono ao seu filho, D.Pedro IV, este abandonou recentemente o cargo abdicando-o à sua filha, D.Pedro no pouco tempo que teve à frente do nosso país, outorgou a Carta constitucional, na qual há uma conciliação de interesses entre os defensores dos ideias tradicionais e os dos revolucionários, este documento trouxe uma série de mudanças como o surgimento de um novo poder, o poder moderador que dá ao rei um veto absoluto (reforça-se assim o poder do monarca), as cortes dividem-se agora em duas câmaras, a Câmara dos Deputados, cujos elementos são eleitos de forma indirecta e censitária e a Câmara dos Pares, que é constituída por membros com títulos vitalícios, hereditários e de nomeação regia. A Carta é vista com bons olhos pelos defensores dos ideias tradicionais, como a nobreza que vê agora os seus privilégios restaurados. No entanto é vista como muito conservadora e anti-democrática pelos liberais.

Sabe-se agora que D.Pedro IV, fez um acordo com seu irmão D. Miguel, no qual este se comprometeu a jurar a carta e a casar com a sua sobrinha, quando atingir esta a maioridade, governando até esta se tornar apta para exercer o cargo. Espera-se agora a chegada de D. Miguel a Portugal.

Fontes: Manual de 11º Ano - "O tempo da História" (2ªparte) da Porto Editora; apontamentos da aula e wikipedia, entre outros sites...

POVO DESCONTENTE, REACÇÕES ABSOLUTISTAS!

Por Guilherme Gomes

O povo Absolutista está cada vez mais descontente, e têm exprimido o seu descontentamento através de insurreições, e manifestos violentos o notícias com história conseguiu apurar dois manifestos notórios e as suas complicações.

Foi a 27 de Maio de 1823, em Vila Franca de Xira que se deu, o movimento liderado por Infante D. Miguel de Portugal, conhecido por "Vila-Francada".

A radical constituição de 1822, não conseguia satisfazer o lado absolutista português, causando assim grandes descontentamentos, e dentro dos descontentes encontrava-se a rainha

D. Carlota Joaquina, que se encontrava exilada em Queluz, por não ter aceite a constituição de 1822.

A 27 de Maio de 1823 o infante D. Miguel deslocou-se a Vila Franca, juntamente com um regimento de soldados, para tentar controlar os tumultos causados pelos revoltosos liberais nortenhos, e tendo tido sucesso, ouviu-se os vivas à monarquia absoluta por parte dos soldados.

No entanto D. João VI decidiu por um fim, a revolta e apoiado pelo regimento numero 18 de infantaria, tentou por um fim aos movimentos do infante rebelde, mais tarde incluindo numa nova revolução conhecida pela Abrilada.

A ABRILADA! 2ª REAÇÂO ABSOLUTISTA.

Foi no dia 30 de Abril que o exercito português deteu nos calabouços vários nomes de importância civil e militar.

O Infante fez vários corpos do exército movimentar-se apoiado, por Beresford para silenciar a "pestilenta cáfila de pedreiros-livres", numa referência à Maçonaria liberal e constitucional.

Em Maio EL rei D. João VI demitiu D. Miguel do seu cargo no Exército, ordenou a libertação dos presos políticos e a captura dos apoiantes do filho, acabando pelo infante ser deportado de imediato para a Áustria a rainha D. Carlota Joaquina sendo internada no palácio de Queluz.

Fontes: Manual de 11º Ano - "O tempo da História" (2ªparte) da Porto Editora; apontamentos da aula e wikipedia, entre outros sites...

Brasil declara independência! – “Independência ou a Morte!”

por Davide Santos

A nossa colónia da América do Sul proclamou a independência a 7 de Setembro de 1822. D. Pedro, filho del Rei D. João VI, ainda regente do Brasil proclama independência da colónia junto ao rio Ipiranga, em São Paulo com a já célebre frase: “Independência ou a Morte!”.

Esta declaração dá-se principalmente pelo conflito de interesses entre a aristocracia rural brasileira que pretende exportar os seus produtos para outra países e as cortes portuguesas que pretendem ao fechar os portos também recolonizar o Brasil tirando-lhe o título de Reino.

D. Pedro suporta os objectivos desta aristrocacia mas também dos liberais radicais brasileiros que se opõem à escravatura, à desigualdade social e ao domínio absolutista português pelo que querem acabar com o trabalho escravo, estabelecer uma sociedade justa e igual e instaurar um sistema político democrático. Pode parecer que a aristrocacia rural brasileira que pratica tudo menos os ideais que estes radicais liberais defendem não se juntam numa só voz mas fazem-no pela independência da sua terra.

Fonte: Manual de 11ºAno - "O tempo da História" (2ªparte) da Porto Editora; apontamentos da aula e wikipedia, entre outros sites...

Liberais revoltam-se e formam a “Junta Provisional do Governo Supremo do Reino” no Porto!

por Davide Santos

O Notícias com História teve conhecimento de que liberais, muito impulsionados pela organização de que pouco se sabe, o Sinédrio, sediada no Porto, se movimentaram para a Praça de Santo Ovídeo, ainda de madrugada do dia 24 de Agosto, em conjunto com grupos de militares, onde formaram uma parada, ouviram a missa e dispararam uma salva de artilharia que anunciou publicamente o movimento. Às oito horas da manhã, os revolucionários reuniram-se nas dependências da Câmara Municipal, onde constituíram a "Junta Provisional do Governo Supremo do Reino". Esta Junta exige o retorno da família Real do Brasil, restabelecimento da Corte em Lisboa e do pacto colonial com o Brasil, ou seja, encerramento dos portos brasileiros a Nações amigas dando a exclusividade a Portugal de comercializar com a colónia da América do Sul. A Junta também demanda a convocação das cortes a fim de elaborar uma Constituição para o país.

O levantamento parece ser apoiado por toda a sociedade (Clero, Nobreza, o exército português e o resto da população em geral) sendo que o rumor do surgimento de uma nova dependência desta Junta Provisional em Lisboa também se oiça.

Fonte: Manual de 11ºAno - "O tempo da História" (2ªparte) da Porto Editora e apontamentos da aula.

Napoleónicos abandonam Portugal!

por Davide Santos

Ocorreu ontem, 3 de Abril de 1811, a última batalha das invasões francesas no nosso país. A batalha do Sabugal culminou numa vitória das forças Anglo-lusas sendo a última batalha antes da retirada total dos homens de Napoleão que invadiram a nossa Nação.

Com o fim da terceira invasão francesa de Portugal que avançou até às Linhas de Torres Vedras, levada a cabo por André Massena, pode-se já somar as consequências desta invasão à destruição e caos em que a primeira (em 1807 que chegou a Lisboa) e segunda ( a 1809 que alcançou o Porto) invasões, comandadas por Jean-Andoche Junot e Nicolas Soult, respectivamente, deixaram o país.

É do desejo nacional que a família Real regresse do Brasil e que não “abandone” o seu povo como fez a quando da primeira invasão. Entretanto é esperado que a Inglaterra administre o país a título de este se tornar um protectorado pela mão do General William Beresford, e reconstrua a nossa Nação. Que, nomeadamente, sofreu com a morte de parte da população que morreu ou combate ou em ataques a civis e que perdeu as terras que eram o seu sustento levando a uma crise económica de pouco recursos que sucedeu a orientação dos fundos financeiros para a defesa nacional. Também é de referir a perda cultural de que Portugal foi vítima, devido ao saque de valores nacionais por parte dos invasores.

Fonte: Manual 11º Ano - "O tempo da História" (2ªparte) da Porto Editora e apontamentos da aula.